Taça NUFAA – Cartola contra AEISCAA
Foi na quarta-feira 22 de Abril pelas 20h30 que se realizou o segundo jogo da Taça NUFAA. As condições climatéricas foram excelentes para a prática desportiva e o relvado estava em perfeitas condições, tal como veio de fábrica. De um lado do campo estava a experiente equipa do ISCAA, que após a excelente imagem deixada na primeira edição do torneio, esperava-se que impusesse a sua condição de favorita. Do outro lado estava a equipa da Magna Tuna Cartola, que durante 60 minutos trocou os instrumentos musicais por chuteiras e mostrou os seus dotes futebolísticos, tentando manter a sua invencibilidade. O ambiente fora do campo era fantástico, com cerca de 5 pessoas a assistir ao jogo, sem contar com o responsável do campo, um ferveroso adepto de bifanas e vinho tinto.
Após o apito inicial, as duas equipas perfilaram-se e encararam o jogo como uma autêntica final. A Cartola mostrou que não estava para brincadeiras e inaugurou o marcador bem cedo aos 5 minutos por Tiago Alferes com alguma infelicidade para a defesa. Estava a ser um jogo rápido, mas essencialmente físico onde a equipa da Cartola disfarçava as dificuldades tácticas com uma grande entrega e a equipa do ISCAA ocupava bem os espaços. Não foi surpresa quando se deu o golo do empate, num pontapé de canto onde o guarda-redes falhou a intersecção da bola na pequena área e Simão Cruz aproveitou da melhor maneira. Tiago Rés ainda tentou tirar em cima da linha, mas foi incapaz de negar o golo ao adversário. Aos 20 minutos surgiu o momento que marcou o jogo, quando o defesa da Cartola, Leandro Alferes, teve uma entrada violenta sobre André Bastos, manchando a sua exibição e obrigando a sua equipa a jogar com 10 jogadores até ao final. A partir daí o jogo tomou um rumo diferente, inclusivamente aquecendo os ânimos dos jogadores. Foi neste ambiente que a equipa do ISCAA consumou a volta ao marcador, com um golo do Pedro Rodrigues após uma bela jogada desenhada a partir do meio-campo que deixou o avançado cara-a-cara com o guarda-redes Júlio César.
A segunda-parte não trouxe grandes novidades à história de jogo, apenas de ressalvar a atitude da Cartola, que apesar das adversidades nunca virou a cara à luta, lutando até ao final pelo empate. Por outro lado, a equipa do ISCAA usufruiu de mais espaços e exerceu um grande domínio que se traduziu em algumas oportunidades de golo. O momento chave foi perto do final do jogo quando o jogador da Cartola Toni teve o empate nos pés, após grande cruzamento, contudo falhou à boca da baliza. Uns momentos mais tarde e quase a fechar o pano, a equipa do ISCAA fez o 3-1 numa jogada de contra-ataque que Miguel Serafim aproveitou da melhor forma. Uns minutos mais tarde, já nos descontos, o defesa Joaquim cometeu uma grande penalidade, cometendo um erro que marcou a sua exibição, que estava a ser notável. O numero 10, André Bastos, aproveitou da melhor forma o penalti, enganando o guarda-redes.
Em jeito de resumo, assistiu-se a um bom jogo de futebol, apenas se notando as diferenças das duas equipas a nível de posicionamento táctico e frescura física. O resultado acabou por ser um pouco avolumado para o que as duas equipas mostraram em campo.
Flash interview:
Tiago Rés (jogador da Cartola):
Penso que foi um bom jogo. Tivemos a felicidade de entrar a ganhar, numa altura em que a nossa frescura física permitia discutir o jogo com o nosso adversário, que se bateu muito bem. A partir da expulsão do Leandro, que foi perfeitamente escusada, tivemos muito mais dificuldade em ocupar os espaços e controlar o jogo. Estou convencido que o jogo teria outro desfecho se tivessemos continuado com 11 jogadores e penso que o resultado foi um pouco exagerado para o que mostrámos. De qualquer forma estou satisfeito com a entrega ao jogo da nossa equipa e da forma como nos batemos com um adversário teoricamente mais forte.Agora que o jogo terminou vamos até ao café Convívio ter com os nossos outros colegas da tuna, onde vamos tocar umas musiquinhas e afogar as nossas mágoas. Neste aspecto tenho a certeza que ganhamos a qualquer adversário. Fica o repto.