Magna Trip Cartola

Posted on 11 de Setembro de 2007 by cartola in Notícias

Apesar de todas as contrariedades, a Magna Trip Cartola realizou-se e pode dizer-se que foi um sucesso. A partida deu-se no dia 1 de Agosto, com a chegada marcada para dia 12 de Agosto.

A saída de Aveiro aconteceu num ambiente de amena cavaqueira. O cheiro a sardinhada vindo do BE era aprazível, o que tornou o acto de atafulhar a bagagem de 11 pessoas e os instrumentos numa carrinha, um regozijo. Só foi pena o BE estar fechado.

O diário de bordo foi sendo escrito à medida que os km passavam, tendo-se tornado uma companhia assídua. Principalmente nos primeiros 20 km, depois acho que se perdeu, ou lá o que foi.

Ao passar a primeira fronteira, que nos separa do nosso país vizinho, ficou-se com uma verdadeira noção daquilo que estava a acontecer. Principalmente porque a TMN teve o cuidado de enviar uma mensagem de boas vindas a todos os presentes, indicando o número de telefone da embaixada de Portugal em Espanha. Será que fazem isto com todos, ou foi só com a Magna Tuna Cartola? Prefiro pensar que foi a segunda hipótese.

Madrid foi a primeira paragem, depois de duras horas ao volante. Contudo, o esforço valeu a pena, uma vez que a hospitalidade das pessoas e o intercambio cultural faziam-nos esquecer as horas de sono perdidas, as horas dentro do pouco espaço que restava nos veículos e as sandes de atum. Ou salsicha. Havia quem preferisse salsicha.

Segunda paragem: Barcelona. Tempo para retirar um carro da areia, beber duas cervejas a dividir por 11 e mandar um mergulho no mediterrâneo. Sim, retirar um carro da areia. Coisas banais. Em termos musicais, deu para tocar uma ou outra música na conhecida “La Rambla”, até o senhor guarda cordialmente ter pedido para não se tocar nada, sob pena de ver os instrumentos apreendidos. Algo que já não acontecia há bastante tempo, desde a passagem por Madrid.

De seguida ultrapassou-se a barreira psicológica da Península Ibérica. Não era bem psicológica. Nem era física. Se calhar, vendo bem as coisas, nem barreira era. O que era certo é que já se caminhava para o quarto dia, o que significava uma coisa: nomeações para saída da casa do Big Brother. As pessoas começavam a ficar simpáticas umas com as outras e até já eram capazes de dizer 2 ou 3 palavras. Por esta altura a língua oficial era o espanholês ou então o portunhol. Um estudo científico atesta que um português a falar espanhol tem a preocupação de falar grosso e introduz um sotaque nas palavras que conhece da lingua materna. Exemplo: “Nuestro objectivo es llegar un poquito más llego”, que se aplica sempre que se queira construir uma casa de legos.

Montpelier, Lyon e Dijon foram as primeiras cidades a sofrer na pele a invasão Cartoliana. A língua oficial passou a ser o francês arcaico, ou o português de france. Trocou-se o “una cerveza por favor” pelo “je voudrais une bière, hã” e a banda sonora passou a ser “Le macho portugais” seguido de “La chanson d’amour”. No entanto, o calendário apertava, e seguiu-se viagem rumo a Luxemburgo.

Luxemburgo recebeu-nos bastante bem, principalmente através dos inúmeros portugueses que escolheram aquele local para viver. Foi uma grande festarola, tendo inclusivamente quase toda a gente, aproveitado para trocar para a sua segunda camisa lavada. Festa é Festa. Fechou-se um bar, beberam-se umas cervejas e tocaram-se umas modas. Luxemburgo é sem dúvida um grande exemplo de hospitalidade.

Amsterdão. <clique para escrever qualquer coisa sobre Amsterdão>

Aproximava-se o dia 12 e tinha que se pensar em tomar o caminho de volta a Portugal. Assim, Antuérpia e Bruxelas foram as cidades seguintes. Penso que todo o português deveria ir pelo menos uma vez na sua vida à Bélgica. Afinal de contas não é todos os dias que se encontra um país com piores estradas que as nossas.

Paris marcou a última cidade Europeia a sentir o cheiro da música tunanteadora. E também sentiram outro tipo de cheiros, já que havia quem não tomasse banho há alguns dias. Paris também marcou o regresso aos problemas com a autoridade, algo que poderia ter tomado outras proporções caso não houvesse ninguém na tuna que falasse sérvio com a Sra. agente. Mas ainda bem que há. Foi uma visita relâmpago a Paris, já que o tempo disponível já não era muito e parecia dia de expulsões na casa do Big Brother mas com ofensas corporais.

18 Horas depois, chegou-se a Aveiro. Do boletim clínico apenas constava uma pneumonia, mas nem era assim tão pneumónica como o sôtôr queria fazer parecer. Para o ano há mais.

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